Demolição

Quando a pulsão de vida sai pela porta e as circunstâncias exigem uma capacidade de sobrevivência maior do que é aparentemente possível, o instinto de proteção cresce e começamos a construir estruturas pra resguardar o que entendemos ser vital. 

A dinâmica é animal mesmo: abrigos de resistência, que, infelizmente, não são sustentáveis.

Tenho descoberto que a arrogância é um ótimo mecanismo de defesa, uma parede bem grande, que isola muitas coisas e pessoas inconvenientes. Em contrapartida, aprendi também que se a parede cresce demais, nossos órgãos desfalecem porque não somos autossuficientes e porque, muitas vezes, os recursos que precisamos pra continuar estão com o outro. 

Resolvi derrubar a muralha e, milagrosamente, revivi. 

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