Sobre a ilusão de ser onipotente

Era pra ser um dedo de prosa, mas a Dulce resolveu abrir a caixinha de joias e me dar de presente o ensinamento do dia: Manter relações pautadas na superficialidade ou na sensação de abuso servem para manter minha ilusória onipotência. 
Eu não sou onipotente. Logo, não preciso me esforçar para ser. Logo, não preciso me sujeitar para “manter”. Logo, não preciso atuar, fingindo que estou gostando, na torcida que a vida imite a arte. 

A esperança, assim como as relações profundas, nascem quando eu lanço mão da doce ilusão da onipotência e invisto tempo e empenho em nutrir encontros reais e, que, naturalmente, me ajudam a colocar o meu empoderamento no seu devido lugar.

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