Viver é deixar viver

-->Chegou em minhas mãos, por meio de um amigo, o “101 coisas a fazer antes de morrer”. Este é o título do livro de Richard Horne, que tem como proposta ser um guia pessoal prático de coisas a se fazer antes de morrer ou, como eu gosto mais, um guia pessoal prático de coisas a se fazer durante a vida.

Provavelmente, em algum momento, me agradaria a sugestão. Listar coisas a se fazer pode ser o início de uma concretização. Para pessoas que gostam de ficar na orgia do pensamento, como eu, é, inclusive, uma prática recomendada. Só que eu ando um pouco arredia com a ideia profissionalmente assertiva de listar, agendar, executar, controlar, avaliar, refazer, mensurar resultados, reavaliar, etc...

Eu acredito que planejar e priorizar são tarefas indispensáveis, mas daí a seguir uma lista de ações a serem cumpridas (sem sair da linha!) não faz, hoje, o menor sentido pra mim e não acho que eu "esteja" irresponsável por isto. Entendo, ao contrário, que não seguir à risca a lista é, na maioria das vezes, aceitar um convite indecente à criatividade e à fluidez, sem deixar de obter os resultados reais.

Parafraseando o Frejat, a Maura, uma providente terapeuta lá de Minas, me lembrava sempre que viver é deixar viver. Com isso, ela me ajudou a compreender que morrer também é deixar morrer, sem listinhas, enfrentando e administrando as perdas e os ganhos.

Um comentário:

  1. Ou como cantou o Guns N' Roses: "Live and let die!" Viver é isso! Lindo, amiga!

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